segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sistema Nervoso

Em quanto o sistema nervoso ganglionar dos invertebrados apresenta um duplo cordão nervoso situado na região ventral, nos vertebrados o sistema nervoso apresenta-se disposto dorsalmente e protegido pela caixa craniana e pela coluna vertebral.

Anatomicamente, o sistema nervoso dos vertebrados subdivide-se em central (SNC) e periférico (SNP).

O SNC é constituído pelo encéfalo: massa nervosa situada na caixa craniana e pela medula espinhal - filamento nervoso que percorre o interior do canal da coluna vertebral.

O encéfalo apresenta basicamente as seguintes regiões cérebro, cerebelo, ponte e bulbo.

O SNP, por sua vez, é formado basicamente por uma rede de nervosos que se espalham ao longo de todo o organismo.

O cérebro ocupa quase toda a caixa craniana.

A camada superficial so cérebro é denominada córtex cerebral e abriga neurônios que governam as ações voluntárias desenvolvidas pelo indivíduo, além de comandar atos inconscientes abrigar centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a inteligência.

O bulbo, situado logo acima da medula espinhal, regula o ritmo cardiorrespiratório e certos atos reflexos, como deglutição, sucção, mastigação, vomito, tosse, secreção lacrimal e o piscar de olhos.

A ponte situa-se acima do bulbo e se relaciona com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.

O cerebelo, situado abaixo do cérebro e atrás da ponte, regula o equilíbrio e a tonicidade muscular. È por isso que animais com cérebro extirpado (em experiências laboratoriais) são incapazes de manter-se equilibrados e apresentam um quadro de enfraquecimento e diminuição do tônus muscular.

A medula espinhal, exerce a função de condutora de impulsos nervosos e é sede de muitos atos reflexos.

O ARCO REFLEXO

Os atos reflexos são respostas involuntárias a um estimulo sensorial.

Consideremos um exemplo bem conhecido chamado reflexo patelar ou rotuliano.
O médico aplica um leve golpe com um martelo de borracha no joelho do paciente, excitado às extremidades nervosas (dendritos) dos neurônios sensitivos ou eferentes. Imediatamente, os axônios desses neurônios transmitem a informação adquirida ate a medula (SNC), penetrando-lhe pela região dorsal.

No caso do reflexo patelar, os neurônios sensoriais transmitem o impulso nervoso diretamente para os neurônios motores, que partem da região ventral medular e vão estimular os músculos da coxa, fato que determina o movimento da perna, que se encontrava dobrada e pendendo livremente. O impulso nervoso é também transmitido pela medula ate o cérebro, onde ao ser interpretado, confere ao indivíduo a consciência da pancada. Em outros reflexos, mas complexos do que o reflexo patelar verifica-se a participação de neurônios associativos da medula, que transformam a informação adquirida em ordem de ação.

No exemplo do reflexo patelar, o cérebro não participa do arco reflexo em si. Se houvesse rompimento da junção entre a, medula e o cérebro, o ato de levantar a perna continuaria ocorrendo, embora o cérebro não mais receba as informações sensitivas; o individuo não teria mais consciência da pancada no joelho. Por outro lado, se houvesse secção apenas da raiz nervosa ventral motora, que envia impulsos aos órgãos efetores, o ato reflexo não ocorreria: o indivíduo não contraria os músculos da coxa, embora agora tivesse noção da pancada no joelho.

Conclui-se então, que o reflexo patelar é coordenado pela medula espinhal; por isso é um caso de reflexo medular.

Mas o bulbo, a ponte e outros órgãos encefálicos são também centros reflexos, coordenando atos como vômitos, deglutição, piscar de olho (bulbo), risos, lagrimas ,(ponte),entre outros.


O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA)

Nosso organismo é dotado de um sistema nervoso denominado visceral ou neurovegetativo, que regula as atividades de um órgão como estômago, o intestino, o coração, etc.

O sistema nervoso visceral ou neurovegetativo é dotado de duas estruturas:

Vias aferente ou sensitivas -- que transmitem até regiões específicas do SNC as informações adquiridas pelos receptores nervosos presentes nas vísceras (visceroceptores);

Vias eferentes ou motoras - que transmitem impulsos dos centros nervosos do SNC até as estruturas viscerais, como glândulas.

O sistema nervoso autônomo (SNA) é o componente eferente o motor do sistema nervoso visceral. Subdivide - se em simpático e parassimpático, com atividades geralmente antagônicas.

As neurofibras (fibras nervosas) do SNA - simpático liberam nos órgãos viscerais o neurormônio de adrenalina. Daí essas fibras serem chamadas de adrenérgicas. Já as neurofibras do SNA - parassimpáticos liberam nos órgãos viscerais o neurormônio acetilcolina; essas fibras são chamadas de colinérgicas.

O SNA - simpático promove aumento da freqüência cardíaca, dilatação dos brônquios e da pupila, diminuição do peristaltismo, secreção escassa e viscosa de saliva, aumento da atividade mental e da pressão sanguínea, entre outras funções. O SNA - parassimpático tem funções contraria às citadas.

Fonte: http://www.vestibular1.com.br/ (colaboração de Tânia Alves)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Fígado




O que é

O fígado é um órgão que atua como glândula exócrina (liberando secreções) e glândula endócrina (liberando substâncias no sangue e sistema linfático). Ele é a maior glândula do corpo humano.

Funções

O fígado desempenha muitas funções importantes dentro de nosso organismo, como: armazenamento e liberação de glicose, metabolismo dos lipídeos, metabolismo das proteínas (conversão de amônia em uréia), síntese da maioria das proteínas do plasma, processamento de drogas e hormônios, destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias, emulsificação da gordura durante o processo de digestão através da secreção da bile, etc.


Além de todas as funções já citadas no parágrafo anterior, o fígado age também no armazenamento de vitaminas e minerais. Ele armazena algumas vitaminas como: A, B12, D, E e K, além de minerais como o ferro e o cobre.


O fígado participa também da regulação do volume sanguíneo, possui importante ação antitóxica contra substâncias nocivas ao organismo como o álcool, a cafeína, gorduras, etc.


Doenças do fígado

As principais doenças que acometem o fígado são as Hepatites, doenças causadas pelo alcoolismo como a cirrose, doenças hepáticas tóxicas, insuficiência hepática, fibroses, etc.


domingo, 16 de maio de 2010

Pulmão


São dois órgãos de estrutura esponjosa e têm forma de pirâmide com a base descansando sobre o diafragma.

O direito é maior que o esquerdo, pois consta de três partes ou lóbulos, enquanto que o outro só tem dois. Cada pulmão se compõe de numerosos lóbulos, os quais por sua vez, contém os alvéolos, que são dilatações terminais dos brônquios; as pleuras são membranas que recobrem os pulmões e os fixam na cavidade torácica.

A função principal do pulmão é a hematose, na qual tanto o oxigênio como o dióxido de carbono atravessam a barreira sangue-ar, em forma passiva, por diferenças de concentração (difusão) entre as duas fases.

Também participa na regulação da temperatura corporal. Alvéolos: são cavidades diminutas que se encontram formando os pulmões nas paredes dos vasos menores e dos sacos aéreos. Por fora dos alvéolos há redes de capilares sangüíneos. Suas paredes são muito tênues e estão compostas unicamente por uma capa de células epiteliares planas, pela qual as moléculas de oxigênio e de dióxido de carbono passam com facilidade através delas.

São dois órgãos anatomicamente macroscópicos que estão localizados nas partes laterais da cavidade torácica, encerrados principalmente pelas costelas.

São constituídos por:

  • A porção intrapulmonar da árvore bronquial.
  • Os vasos sangüíneos.
  • Os ramais nervosos.
  • Tecido elástico.

O pulmão direito é maior do que o esquerdo e consta de três lóbulos, enquanto o esquerdo só tem dois.

Cada pulmão se compõe de numerosos pequenos lóbulos, os quais, por sua vez, contêm numerosos alvéolos que formam os sacos alveolares.
A pleura é a membrana que recobre os pulmões.

A função primária do pulmão é o intercâmbio gasoso entre o sangue e o ar atmosférico.




O aparelho respiratório e a sua posição na caixa torócica: A-Pulmões vistos por fora; B-Pulmões em secção.

Os pulmões representam os órgãos essenciais da respiração. Enquanto os outros órgãos respiratórios, na verdade, têm a tarefa de fazer chegar o ar aos pulmões, é neles que se realiza a transformação do sangue venoso ( de cor escura e rico em anidrido carbônico) em sangue arterial (de cor vermelha e rico em oxigênio). Os pulmões estão situados na caixa torácica e têm a forma aproximada de um semicone (um cone cortado longitudinalmente em duas metades, do vértice à base).

Distinguem-se assim um vértice, que é a porção mais alta e quase pontiaguda que excede à respectiva clavícula; uma base, que é a parte inferior, alargada, que se apoia sobre o diafragma; duas faces, uma externa ou costal, que está em relação com a caixa torácica e uma interna ou mediastínica. É nesta face que penetra no pulmão o brônquio, acompanhado da artéria pulmonar e das duas veias pulmonares. O ponto de ingresso desses órgãos se chama hilo do pulmão. Os dois pulmões delimitam, entre as suas faces internas, um espaço chamado mediastino" no qual se encontra o coração.

Os pulmões têm uma cor vermelho-escura, que se torna, com a idade, acinzentada ou mesmo enegrecida no velho, pela deposição de partículas de carbono no seu tecido conjuntivo.

A sua consistência é mole e elástica, e, crepita ao tacto pela saída de bolinhas de ar dos alvéolos. O peso é de cerca de 700 gramas para o pulmão direito e de cerca de 600, para o pulmão esquerdo.

O volume é também diverso: o pulmão direito tem um volume superior de 1/15 em relação ao esquerdo. O peso específico varia conforme o pulmão está cheio de ar ou não, ou, então, se ainda não começou a funcionar ou se já começou. N o segundo caso, é mais leve do que a água e flutua; no primeiro, ao contrário, é mais pesado: pondo-se um fragmento dele em um copo com água vai ao fundo. Em medicina legal esta propriedade é aproveitada para saber se um recém-nascido respirou ou não.

A propriedade mais característica do pulmão é a sua elasticidade: o ar que nele penetra obriga-o a dilatar-se, voltando ao seu volume primitivo uma vez saído esse ar.

Os pulmões não constituem uma massa única, mas estão divididos em lobos. O pulmão direito tem três lobos; o pulmão esquerdo, dois. Os pulmões estão envolvidos por uma membrana, a pleura" que, depois de te-los revestido, vai forrar a parede interna da caixa torácica; distingue-se assim uma pleura visceral (que envolve os pulmões) e uma pleura parietal (que adere à caixa torácica). Entre o pulmão e a caixa fica um espaço, o cavo pleural.


Relações da pleura e do pericárdio com os órgãos torácicos.
1-Coração; 2-Pulmão direito; 3-Pulmão esquerdo;
4-Traquéia; 5-Parede torácica; 6-Costela;
7-Pleura; 8-Pericárdio; 9-Diafragma.
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Pendúnculo pulmonar
1-
Aorta
2-
Artéria pulmonar
3-
Veias pulmonares
4-
Pulmões
5-
Coração


Os pulmões são formados pela extrema subdivisão dos brônquios.

Os grandes ramos bronquiais se dividem em ramos sempre mais delgados (brônquios de la ordem, brônquios de 2.a ordem, brônquios de 3.a ordem) e, enfim, nos bronquíolos.

Esses terminam abrindo-se em uma ampola chamada infundíbulo, e cada uma delas é formada de muitas pequenas celazinhas: os alvéolos Nos alvéolos, a estrutura dos brônquios se reduziu agora a uma delgadíssima parede, sobre a qual se ramifica uma rede capilar da artéria pulmonar.

A superfície total dos alvéolos chega a 80 metros quadrados. Deduz-se daí quanto é extensa a superfície respiratória.

Os alvéolos representam os elementos propriamente, respiratórios dos pulmões. Através da sua parede, que é delgadíssima e permeável, têm lugar as trocas gasosas entre o ar que vem do exterior e o sangue que se distribui sobre a parede externa dos alvéolos com a sua rede capilar. Praticamente entre o ar e o sangue se interpõem somente duas membranazinhas (a parede do alvéolo e a parede do capilar) que são facilmente atravessadas pelos gases, seja pelo oxigênio que do ar passa para o sangue, seja pelo anidrido carbônico que segue o caminho inverso, do sangue para o ambiente exterior.


Relação dos Pulmões com a Caixa Toráxica

Fonte: www.corpohumano.hpg.ig.com.br // Acessado em 16/05/2010 às 23:48

sábado, 15 de maio de 2010

Coração


A máquina do corpo humano




O coração é um órgão formado por musculatura estriada cardíaca. Ele divide-se em dois lados: o lado esquerdo (átrio esquerdo e ventrículo esquerdo) e o lado direito (átrio direito e ventrículo direito).

A partir de seu lado esquerdo, o coração bombeia sangue para todo corpo retirando e distribuindo substâncias como, por exemplo, gás carbônico e oxigênio. É importante saber que além desta, muitas outras trocas são realizadas, uma vez que através delas, o equilíbrio de nosso corpo é mantido.


Além da grande circulação (citada acima), há também a pequena circulação, esta é assim chamada por possuir um trajeto menor do que a primeira, contudo, ela também é de importância tão elevada quanto a citada no parágrafo anterior.

Na pequena circulação, o sangue é bombeado do lado direito do coração até os pulmões e, de dentro deste órgão, ele recolhe oxigênio e libera o dióxido de carbono. Após isso, ele retorna ao coração, ingressando, desta vez, no átrio esquerdo. Ainda do lado esquerdo, o coração bombeia o sangue ao ventrículo do mesmo lado e, a partir daí, o sangue, agora repleto de oxigênio, parte novamente para o trajeto da grande circulação.

Mesmo enquanto estamos dormindo, o coração não pára de trabalhar, durante o sono, ele continua batendo em média 30 vezes o seu próprio peso a cada minuto. Entretanto, quanto estamos ativos ele trabalha mais aceleradamente bombeando um volume muito maior de sangue ao corpo.


Curiosidade: O ramo da ciência que estuda o coração normal e suas patologias é a cardiologia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Tipos de óvulos

A embriologia é a parte da Biologia que estuda o desenvolvimento dos embriões animais. Há grandes variações, visto que os animais invertebrados e vertebrados apresentam muitos diferentes aspectos e níveis evolutivos.

Em Biologia o desenvolvimento envolve diversos aspectos:

a) multiplicação de células, através de mitoses sucessivas.

b) crescimento, devido ao aumento do número de células e das modificações volumétricas em cada uma delas.

c) diferenciação ou especialização celular, com modificações no tamanho e forma das células que compõem os tecidos. Essas alterações é que tornam as células capazes de cumprir sua funções biológicas.

Através da fecundação ocorre o encontro do gameta masculino (espermatozóide) com o feminino (óvulo), o que resulta na formação do zigoto ou célula-ovo (2n).

Após essa fecundação o desenvolvimento embrionário apresenta as etapas de segmentação que vão do zigoto até o estágio de blástula. Muitas vezes há um estágio intermediário, a mórula.

A gastrulação é o período de desenvolvimento de blástula até a formação da gástrula, onde começa o processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo posições e funções biológicas específicas.

No período de organogênese, há formação dos órgãos do animal, estágio em que as células que compõem os respectivos tecidos se apresentarão especializadas.
Os óvulos são gametas femininos que serão classificados em função das diferentes quantidades de vitelo (reservas nutritivas) e das suas variadas formas de distribuição no interior do citoplasma. Essas duas características determinam aspectos diferentes no desenvolvimento embrionário.


É o estudo do desenvolvimento do ovo, desde a fecundação até a forma adulta.

Tipos de ovos:
Oligolécitos -alécitos - pouco vitelo (equinodermos, protocordados e mamíferos)
Telolécitos incompletos - heterolécitos - polaridade (anfíbios)
Telolécitos completos - megalécitos - disco germinativo (peixe, répteis, aves)
Centrolécitos - vitelo no centro (artrópodes)

Tipos de clivagem:

Holoblástica (total)

Igual - oligolécitos

Desigual - telolécitos incompletos

Meroblástica (parcial)

Discoidal - telolécitos completos

Superficial - centrolécitos

Fases do Desenvolvimento

Segmentação: aumento do número de células (blastômeros);


Mórula: grupo de células agregadas. Lembra uma amora;
Blástula: esfera oca onde a camada de células denominada blastoderma envolve a blastocela (cavidade);
Gástrula: forma o arquêntero, a mesentoderme e a ectoderme;
Nêurula: forma o tubo neural, ocorrendo no final da anterior;
Organogênese: formação dos órgãos.

Destino dos Folhetos Embrionários

Ectoderme

epiderme e seus anexos

encéfalo e medula espinhal

MESODERME

notocorda (posteriormente é substibuída por vértebras)

Epímero

dermátono - derme

miótomo - musculatura estriada

esclerótomo - esqueleto axial (coluna)

Mesômero - aparelho urogenital

Hipômero

sistema circulatório

musculatura lisa

peritônio e mesentérios

esqueleto apendicular (membros)


Endoderme

aparelho respiratório

tubo digestivo e glândulas anexas

Anexos Embrionários:
Saco vitelínico: todos os vertebrados. Formado pela esplancnopleura. Função de armazenamento de vitelo (nutrição) e formação das primeiras células sangüíneas nos mamíferos.
Âmnio: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura. Função de hidratação e proteção mecânica. Em mamíferos, orienta a formação dos vasos umbilicais.
Alantóide: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura. Função de excreção e respiração. Em mamíferos, orienta a formação dos vasos umbilicais.
Placenta: em mamíferos eutérios. Formado pelas vilosidades coriônicas.Realiza as trocas com o embrião através do cordão umbilical, dotado de uma veia e duas artérias.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Adaptações das plantas ao Ambiente Terreste

Acredita-se que as plantas terrestres tenham surgido na era paleozóica, originadas a partir de ancestrais aquáticos (algas clorófitas primitivas). O primeiro fóssil bem conservado dessas plantas terrestres primitivas data de 395 milhões de anos.

Existem diferentes teorias sobre como as plantas terrestres originaram-se, mas todas concordam que as primeiras eram do grupo das criptógamas e que, posteriormente deram origem às plantas vasculares com sementes (fanerógamas). As plantas necessitaram de grandes modificações para a conquista desse novo ambiente, e dentre essas adaptações as mais facilmente observáveis são as morfológicas. No entanto, modificações de ordem bioquímica, fisiológica e reprodutiva também foram muito importantes.

Existiram vários problemas para serem solucionados para as plantas mudarem para o ambiente terrestre, dentre os quais destacam-se:

· Redução da perda de água por evaporação: surgimento de tecidos de proteção,

como epiderme e cutícula

· Realização de trocas gasosas: surgimento de poros, câmaras aeríferas e estômatos.


· Fixação ao solo e absorção de água e nutrientes minerais: surgimento de rizóides e raízes è absorção de água e nutrientes, ao mesmo tempo em que permitiram uma eficiente forma de fixação e apoio no solo.

· Maior captação da luz solar: surgimento de filóides e folhas

· Manutenção do porte ereto: surgimento de tecidos de sustentação

· Elevação das folhas para melhor absorção de luz e conexão entre raízes e folhas: surgimento de caulóide e caule

· Condução de água, sais e outras substâncias através da planta: surgimento de vasos condutores de seiva è permitiram rápido transporte de água e sais minerais das raízes até as folhas e de matéria orgânica produzida na fotossíntese das folhas até as partes aclorofiladas, como as raízes.


Corte transversal numa raiz de uma dicotiledônea. A: xilema; B: floema.

· Independência da água para reprodução: Foi necessário também o surgimento de adaptações reprodutivas, tendo em vista que as algas, por exemplo, dependem da água para o transporte de gametas e mesmo para a posterior disseminação de gametas e esporos. As plantas terrestres Criptógamas também são dependentes da água para a fecundação, pois o gameta masculino é flagelado e precisa nadar até o gameta feminino. A independência total da água para esse fim surgiu nas Fanerógamas, com o surgimento da flor e do grão de pólen è transportado pelo vento ou por animais.

· Proteção e dispersão das sementes: surgimento do fruto.